quinta-feira, 10 de julho de 2014

As Faixas

A primeira musica que abre o CD, é  " Onde Ninguém Vai" de Paulo Djorge e Renato Matos. Uma musica com influência Africana em um ritmo composto de 7/8 com uma pitada de salsa. Mostra toda a origem dos ritmos e gêneros musicais do continente que fez um intercâmbio cultural muito forte com o nosso e  criou essa diversidade musical no Brasil e na América Latina, chegando até a preservar uma cultura afrodescendente que não se encontra mais na África.

No cheiro da maresia eu pisei na praia
Olhando pro infinito mergulhei no mar
Senti por um momento que tô com o pé no mundo
Um anjo me falou no ouvido vai sem olhar pra trás
(no amor na paz)

Bem pra lá do oceano
Lá, em outras areias 
Som de azul, Sol e sal
E a maré tava cheia 

kê kê kê...

Singrando mar adentro
Segundo mar acima
Na mão da rosa dos ventos
Cruzando os sete mares 
A nau que vai mar abaixo

Ciência do passo a passo na força e na fé
Aonde eu possa andar a pé
Viajei no tempo, nas asas do vento 
Em um só momento, onde ninguém vai 
Só em pensamento 


A segunda faixa é, "Lua Cigana" de Paulo Djorge, que mostra a profusão de ritmos do oriente e do ocidente visualizando os Mouros descendo a Península Ibérica e a criação das Comunidades Ciganas. O arranjo desperta para uma liberdade e cria um ambiente de encanto, magia e sedução na musica Flamenca. Um violão flamenco costurando toda a musica, mas com a marca da percussão Marroquina, Egípcia, Turca, Árabe etc. E a intervenção de instrumentos étnicos com um arrranjo para Madeiras. 

Lua Cigana

Sua saia bordeux, bordada
Seus pés como seda no chão
Suas mãos um balé noturno
E as estrelas prestando atenção

Sua voz soa um veludo
Seus olhos me olhando... tentação!
Sua boca de carne crua
Me beijando a alma e o coração
Lua cigana, lua cigana, lua cigana

A terceira faixa é "Calliandra" de Paulo Djorge e Alessandro Lustosa, uma musica  com forte influência espanhola que faz a descrição em metáforas sobre a flor do cerrado que ganhou o nome de "Calliandra" que significa Cigana em latim. Lembra muito um grupo de  dançarinas enfeitando as festas tradicionais com vários instrumentos  em volta da fogueira sobre um arranjo de violoncelo e violão flamenco e  percussões ornamentando a musica e evoluindo chegando as origens da musica flamenca, com elementos étnicos e da World Music.

Siga na manhã a luz que invade o orvalho
Lágrima na maçã
Se engana quem não enxerga a flor no vento
Borboletas são ciganas que vão

Dança perto da fogueira cores castanholas
Argolas e brincos, colar e pulseira, uma rosa vermelha
E a Lua dançando no céu 

Bate na palma da mão o destino e o segredo
A vontade e o medo, mistério e o desejo
E o fogo que envolve as estrelas que caem no chão

Anda na luz que irradia, encandece na luz de Andaluzia 
Deixa esse vento soprar numa flor de algodão
Voa no céu que ecoa 
Na voz madrugada interrompida 

Deixa esse Sol exalar um perfume de cor 


A quarta faixa é "Tantra Moderno" de Paulo Djorge, um Tango que faz uma mistura do novo e antigo, mistura Carlos Gardel, Astor Piazolla, Gotan Project, Electro Tango, etc. Ritmo tradicional na Argentina, é uma dança sensual e sedutora que envolve o casal com vários passos e coreografias maravilhosas. A musica fala de um casal que se encontra e começa a dançar e a partir disto se envolvem e acabam fazendo amor num encontro espiritual, mental e físico.


Nos dois andando, bailando, rodando pela cidade 
A madrugada acalentava 
Ao som de um tango de Astor Piazolla e Gardel
Resolvemos fugir para um quarto de hotel

Nós dois trancados, quatro paredes 
Uma garrafa de vinho e a sede 
A cama, um abajour, nossa roupa no chão 
A janela, um quadro e a mais bela canção

Nós conversamos, falamos de tudo
Do conteúdo abstrato, irreverente, imaginário
Ficamos em silêncio profundo, esquecemos do mundo
O que que a gente vai fazer?

Então carícias, milhões de idéias 
Das nossas bocas saíam onomatopeias
Sussurros, berros sinceros
Bolero lero-lero e a sensação de se encontrar

Sentimos nosso corpo dentro de uma aura
Depois da tempestade sempre vem a calma

Será que alma queima quando a gente se despe?
E aquela cor vermelha, isso enlouquece?


A quinta faixa é "O Samba" de Paulo Djorge, inspirado no tema de Herivelton Silva e Grande Otelo "Vão Acabar com a Praça 11" do filme "All The True" de Orson Wells, onde os autores tentam fazer um movimento para não destruírem na Praça 11, e daí nasceu "O Samba". Fazendo uma homenagem à praça 11; à Escola "Estação Primeira de Mangueira" e ao "Samba", este ritmo que contagiou o mundo e levou muita alegria ao povo. Alimentando a teia produtiva das Escolas de Samba em especial uma que preserva o corpo e a alma desta festa tradicional que é o Carnaval.

Fico encantado com o samba
O samba! Porque ele mexe com o pé
Porque ele sobe à cabeça 
Porque ele bate no coração
Porque ele desce do morro
E vai parar no salão

Quem quiser achar o samba
Não vai ter dor de cabeça
Deve estar lá na Estácio 
Ou na Vila Isabel 

Deve estar na Praça Onze se lembrando na calçada
Deve estar com a mulata ensaiando o carnaval

O samba ensina, ele é professor
Da escola de samba que o meu coração conquistou
E nunca mais me abandonou 

Mangueira, Estação Primeira de Mangueira 



A sexta faixa é "Danda Luanda" de Paulo Djorge e Renato Matos, musica gravada no CD de Luciana Oliveira originada de um cântico folclórico da Bahia. Fala sobre a Rainha das Sereias que vive no fundo do mar representando uma sociedade matriarcal rodeada de outras sereias que mantem um ritual de dança ao redor da Rainha festejando a natureza e a vida para manter o equilíbrio e magia do seu habitat natural em todo o oceano. Musica afro-brasileira com elementos do pop. 

Danda Luanda mãe unganda 
Oiá kekê ô 
Danda Luanda mãe unganda 
Oiá kekê ô iá

No funo do mar a dança
No espelho das águas a Lua descansa 
O ballet que não para nem cansa
Tanto faz se é tempestade ou bonança 

Danda Luanda mãe unganda 
Oiá kekê ô 
Danda Luanda mãe unganda 
Oiá kekê ô iá

O Sol quando bate encanta e 
E o mar abissal quase todo balança 
A cor do coral quando canta
Festa no mar para Danda Luanda 


A sétima música é "Além do Imaginário" de Paulo Djorge e Ricardo Ribeiro, Balanço que mistura samba, samba rock, capoeira, funk batucada etc. No fundo uma guitarra pinkfloydiana deixando um cenário imaginário como propõe a letra imagética que tem forma, cor, cheiro, e a poesia consegue descrever um cenário tropical com vários elementos da música e da cultura tradicional brasileira, levando ao ambiente descontraído pra dançar a noite inteira passeando pela areia da praia.


Além do Imaginário


E como se eu procurasse algum lugar além do imaginário
Como quem entra na roda de samba
Dentro a mulata 
Entra na roda de samba
O coração descompassa
O povo na praça 
E a mulher que passa dançando pra Lua
É como se eu me encontrasse muitos anos luz daqui
Nu, no infinito
Entra na roda de capoeira
O rabo de arraia
Presta atenção na rasteira
A rodada de saia
O jogo na praia 
E a chuva que caia molhando o mar

Na noite olhares procuram atalho na luz que invade
E ofuscam estrelas no céu
Todo só querem amor
E beber leite e mel
Ô ô ô ...


A oitava musica é "Ocaso no Farol" de Paulo Djorge. Um ejexá que é uma historia de um casal onde um deles- pois não existe gênero na poesia - mora em salvador e aos poucos vai apresentando Salvador da Bahia de todos os santos. Arranjo que traduz as origens da musica africana no Brasil e que deu origem a blocos e grupos como "Olodum", "Filhos de Gandhi", "Ilê Ayê" dentre outros. Um registro de um ritmo afro-brasileiro que vem fazendo parte da cultura tradicional do estado da Bahia.


Ocaso no Farol


Se por acaso você quer ver o ocaso no farol
Nesse carnaval eu só quero dançar com você
Ir ao Porto da Barra e ficar esperando o fim do Sol
Meu amor, meu desejo, meu bem querer

Vou te levar pra ver Filhos de Gandhi dançar ejexá
Vou te levar pra ver o Ilê balançar 
Vou te levar pra ver estrelas do céu, as estrelas do mar
Terra de Mãe Menininha do Gandhois

Ora iê iê ô
Ora iê iê ô vou te levar 

De mãos dadas andar com você pelas ruas do "Pelô"
Festa da benção Olodum terra de São Salvador 
Vou te levar na praça pra ver a Bahia de Todos os Santos
Vou te levar pra tomar um banho de cheiro afastar os quebrantos 
Vou te levar pra ver a grande festa de Iemanjá
Vou te levar pra jogar um presente no mar 

Ora iê iê ô
Ora iê iê ô vou te levar 

A nona musica é "Curta" de Paulo Djorge, uma homenagem a Jamaica e as Guianas, um reggae abrasileirado, com células do calypso em uma versão orgânica entre instrumentos acústicos e eletrônicos que resulta numa musica agradável e bem popular. A musica conta historia de um casal apaixonado que não toma a decisão e enquanto isso a vida vai passando e eles apesar de não estarem juntos vão curtindo a vida num balanço muito bom de dançar.

Curta

Curta a vida como der,
Não deixe pra depois!
Por quê? Por que depois nem chegou
E, quando chega o passado,
Apagando o sempre...
Curto? Curto mesmo é o presente
O futuro espera bem ali na frente
Não, não vou deixar você,
O nosso amor, de lado
Seu sorriso lindo, seu jeito embaraçado
Nem ficar sozinho
O meu coração calado,
Flutuando dentro de um barco furado...
Feito bicho acuado
Eu te espero, meu amor, vem logo,
porque a vida é curta!

A décima musica é "Canto Mudo" de Paulo Djorge é um Latinjazz, uma musica triste, pois fala das diferenças sociais e suas injustiças, ao mesmo tempo ela é uma musica de protesto que denuncia a corrupção e as manipulações capitalistas, mas deixa um fio de esperança para uma nova consciência e para quem procura a verdade, o conhecimento e o respeito pelos direitos humanos

Canto Mudo

Um canto triste... quase chorando
De tanta miséria, doença e fome
De tanta gente matando... índio, criança, negro, branco
Um canto para espantar a maldade
Do coração do ser humano
Do coração de boa vontade
Dos erros feitos debaixo do pano

Um canto sempre pedindo socorro
Urro do alto de um edifício
Pontes, favelas, barracos e morros
Quem sente sabe como é difícil

Um canto em nome da liberdade
O que é do homem, o bicho vem e come...
Polícia e bandido soltos na cidade
E a Justiça dentro de uma grade 
Um canto com a alma e o corpo inteiro
Enquanto escorre o sangue latino
Enquanto corre solto o dinheiro 
Comprando nosso destino
Meu canto... é mudo.
No grito do terceiro mundo

A décima primeira faixa é "Porque Se Anda?" , inspirada na fusão do pop cubano. Musica que fala sobre os limites que a vida impõe e que acabamos ultrapassando de uma forma ou de outra  e as vezes perdendo a verdadeira essência  fazendo refletir sobre até quando vamos alimentar os mecanismos que nos afastam da consciência, sem ter uma explicação palpável porque a humanidade vem perdendo os principios básicos que nos harmonizam com o planeta.


Por que se anda?

Por que se anda sem tempo pra dar atenção vai ao vento?
Vive sempre correndo, voando, deixando o caminho passar
Passarinho passará

Por que se anda olhando o mundo de dentro pra fora 
Se de fora pra dentro é um momento preciso que o fundo do olho não vai desviar nem piscar

Até onde vai a linha de fronteira 
O limite de tudo, o futuro, o ponteiro do tempo não olha para trás
Como nunca foi
Repetindo e contando a história de outrora de um tempo remoto 
que agora não volta jamais 

Por que se anda comendo e bebendo veneno 
E ainda comprando prazer e pagando pra ver até onde vai dar se houver um lugar 
Por que se anda com pressa e se encontra perdido, nem sabe o motivo 
Sem começo nem fim, mas fugindo, seguindo, deixando o destino de lado, pro lado do lado de lá 

Até onde vai a linha de fronteira 
O limite de tudo, o futuro, o ponteiro do tempo não olha para trás
Como nunca foi
Repetindo e contando a história de outrora de um tempo remoto 
que agora não volta jamais 

A décima segunda faixa é " Um beijo Pode" de Paulo Djorge, uma salsa superdançante, quente e faz um passeio por várias nuances e situações que um beijo pode levar, através de uma poesia leve e bem humorada, reunindo vários elementos sedutores e conquistadores, para o casal que dançar esta música.


Um beijo pode


Desde a primeira vez que te encontrei
Eu não pude esquecer
O seu cheiro de flor
O perfume do amor
Quente como um café 
Gosto de chocolate 
O beijo que te dei, jamais esquecerei

Um beijo pode mudar a direção 
Um beijo pode acalmar o coração
Um beijo pode fazer esquecer a lembrança de uma paixão 
Um beijo pode iludir, enganar
Um beijo pode até enfeitiçar
Um beijo pode levar a cometer mil loucuras de amor
Um beijo pode curar uma dor
Um beijo pode causar um torpor
Um beijo quente, longo, apaixonante e encantador
Um beijo quente longo, apaixonante e sedutor 

Beijo com gosto de mel
Com gosto de maçã
Beijo de cravo e canela
De tuti fruti e hortelã

Beijo com gosto de beijo gostoso
Beijo com gosto tão bom
Beijo bom bom de chocolate 


A décima terceira faixa é "Seu Olhar" musica que foi tema do "Malhação 2010/11" na voz de Ive e entra no Cd com uma versão em Espanhol em um ritmo de Bolero latim jazz a musica fala de um casal apaixonado que acabam de se conhecer e começam a construir um cenário propicio a viver uma longa história de amor, onde o olhar é a fonte de comunicação deste amor.

Seu olhar 

Eu penso o tempo todo 
Por que você me deixa
Com a pulga atrás da orelha
Um pé na frente, o outro atrás

E me deixando solto
Mas me prendendo tanto
Que me ganhar
É só olhar no meu olhar 

E me levanto cedo
Te espero acordar
E brindo logo com um beijo
Por que não brindar
Fazendo brincadeiras 
Teu jeito de amar 
E pra me hipnotizar
É só olhar no meu olhar 

É só olhar, no meu olhar
Seu olhar mergulhar
É só olhar, no meu olhar
Seu olhar mergulhar



A faixa é "Me Leva" de Paulo Djorge e Ricardo Ribeiro, um balanço com elementos do funk e da salsa. A musica fala sobre os encontros e encantos do amor que as vezes são bloqueados por não conseguirmos nos libertar dos sentimentos mesquinhos que impedem o sopro divino do amor à conduzir nossas vidas em direção a felicidade e assim nos deixar levar pelas ondas do amor, se deixar levar pela pureza da vida.


Me Leva


Diante do que digo pode ser perigo, pode tudo ter haver
Se deixar levar, me leva
Vem no vento leve, bate, voa, soa dentro no que vou falar
Se deixar levar, me leva

Corrente que corre fluente no amor, do amor

Estradas de tão bifurcadas que vão encontrando seu caminho
Unidos: acabam andando sozinhos em vão
Encantos que se desencantam não contam paixão
Encantos que não desencantam e cantam paixão

Se deixar levar, me leva
Se deixar levar, me leva, leva, me leva...


A décima quarta faixa é "Ninguém Foi" um bolero funk, rumba, salsa, mambo, tchá-tchá-tchá uma fusão de ritmos caribeños, num tom elegante num molho de percussão impecável a letra fala de um casal que caiu na monotonia e deixaram que a rotina levasse o amor pra um lugar distante, chegando a marcar um encontro que nenhum dos dois aparece.

Ninguém Foi

Não pensava em pensar em te perder
Meu amor, meu bem querer
Meu elo, meu laço, meu viver

Eu tentava não tentar magoar
Seu coração, nem o meu
Não posso, não devo e não vou

Quero olhar para você dentro dos olhos e te encontrar
E depois que te encontrar, descansar meu cansaço
Vamos ver se é amor ou solidão a dois
Se marcamos um encontro, ninguém foi



A décima quinta faixa é "Bailarina" de Marco Brito e Paulo Djorge um mambo, rumba, salsa que fala de um casal de artistas se encontram e vivem um grande amor, onde um vive para o outro, e vice e versa e passam trabalhar juntos em busca de um sonho na carreira artística e fazendo uma parceria de amor e de trabalho.

Bailarina
  
Sentindo o coração, e cada vez mais vivo
Me de a mão? Vou te levar
Deixa o destino cuidar desse amor, esse amor
Ah! Esse grande amor que chegou
No teu cheiro, no teu beijo seu sorriso
Uma flor que só faz me encantar
Vem a sensação e devo estar sonhando
Vou te levando vamos dançar
Deixa que eu toque prá você cantar esse amor
Ah!Esse grande amor que chegou
No teu cheiro, no teu beijo, seu sorriso
Uma flor que só faz me encantar
Vem bailarina, vê se me ensina a bailar
Neste sonho quero te amar
Vem dançarina me deixa dançar com você
A noite inteira e sentir
O teu cheiro o teu beijo seu sorriso
Uma flor que agora já me encantou
Vem bailarina, vê se me ensina a bailar
Neste sonho quero te amar
Vem dançarina me deixa dançar com você
A noite inteira e sentir
O teu cheiro o teu beijo seu sorriso
Uma flor que agora já me encantou





A décima sexta faixa é "Bamboleô" de Paulo Djorge e Renato Matos. Um samba cheio de jinga que mostra o valor e a lida que o samba vem conquistando e se inserindo na sociedade e no mercado, fala de uma roda de samba só de bamba e através do conhecimento e experiência, brincam com as palavras e onomatopeias, mostrando uma trajetória cultural forte dentro do samba. 

Bamboleô

Onda redonda girando na roda de samba do bamboleô
Taracatá tum tum tum
Diringuindin dongondon 
Para sambar tem que ser bom 
Tem que ter dom 
Tem que ter
Tem que ter dom
Para agradar, o rebolar , o sacudir do bum bum 
Bom bom, bum bum 
Tocando surdo foi que o mundo escutou 
Batendo o tambor foi que a mão calejou
O tamborim perguntou qual a cor
E o tom pintou 



A décima sétima faixa é "Pra Onde Eu For" de Paulo Djorge um de samba bem marcado, rico de refrão e que fala de uma declaração de amor de uma pessoa  para outra, e que aparentemente os dois já haviam  sofrido com  muitas decepções, mas que a partir dessa nova paixão, se sentiam prontos para encarar um novo amor  e viver enfim uma verdadeira entrega de duas pessoas maduras.



Pra onde eu for


Quando te vejo bate no peito, fico sem jeito
Me encanta, me desmonta e me desfaz 
Uma emoção que me arrasta
Me laça, me lança nos olhos os sinais

Quando me abraça, me envolve
Me acende, me entende, me prende e me refaz
Ah... o que o amor me faz

Tantos amores perdidos
Outras tantas feridas
Eu só sei que chega um momento
Que o coração cicatriza

Altos e baixos na vida
Faço minha promessa 
Eu só sei que discórdia se finda 
Quando o amor começa 

Eu só sei que eu lhe dou meu coração
Eu só sei que eu morro de paixão 
Eu só sei que lhe quero meu amor
Eu só sei que eu quero lhe levar para onde eu for 



A décima oitava faixa é "Sede" de Paulo Djorge, Vicente Sáe e Sérgio Duboc, um samba dolente chorado e que fala de uma separação de um casal que viveu uma paixão muito intensa, mas por troca de ofenças, falta de dinheiro, amor e afinidades. Terminam, e um deles sai do reelacionamento sem chão e recomeça com a esperança de se reencontrar.



Sede

Eu não digo amor
Dessa água eu não beberei
Desse sonho jamais sonharei
Ninguém sabe o dia de amanhã

E é por isso amor 
Que meus olhos não enxergam 
E meus passos se arrastam no escuro
Tateando uma luz no fim do túnel 
Com a cor e ternura da manhã

De dedos cruzados com fé 
Eu não sigo sozinho
De qualquer maneira eu sei
Vou achar meu caminho

No fio do amor e da vida
Eu creio mesmo querida
Cada dia é sempre mais